Em 1998 o Ministério da Saúde publicou a Portaria N° 3535/GM que estabelecia critérios para cadastramento de centros de atendimento em oncologia e tornou obrigatório as instituições “dispor e manter em funcionamento o Registro Hospitalar de Câncer (RHC), conforme as normas técnico-operacionais preconizadas pelo Ministério da Saúde”.

O RHC é uma grande fonte sistemática de informações em hospitais especializados em oncologia. Tem como objetivo coletar dados referentes ao diagnóstico, tratamento e evolução dos casos de neoplasia maligna atendidos nas instituições, assim, permite que a instituição conheça o perfil da população assistida, os recursos utilizados e a efetivação dos tratamentos oferecidos. Contudo, torna-se uma valiosa e necessária fonte de informações para apoio aos processos administrativos, técnicos e científicos.

Na LIGA, o RHC foi implantado no segundo semestre de 1998, está localizado no Hospital Dr. Luiz Antônio, na unidade I e coleta dados dos pacientes que realizam tratamento nas quatro unidades da LIGA. Desde a implantação busca melhorar a capitação dos dados dos casos malignos atendidos na instituição, disponibilizando dados que permitem análises que traçam o perfil dos pacientes, aspectos demográficos, recursos utilizados no diagnóstico e tratamento, a evolução da doença e o estado geral dos pacientes ao decorrer do tempo. As análises são de suma importância para tomada de decisões internas e externas.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA), foi o pioneiro na implantação de um RHC no Brasil, diante de tamanha experiência, foi intitulada em portaria do Ministério da Saúde como a instituição responsável com auxílio das Secretarias Estaduais de Saúde por compilar todos os bancos de dados das Unidades e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia.

Atualmente 281 instituições em âmbito nacional repassam os bancos de dados para o INCA, a partir do Módulo Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer (Integrador RHC). Em consulta realizada em 12/08/2022 ao banco do Integrador RHC a LIGA encontra-se na 7° posição, estando entre as 10 instituições que mais registram casos de neoplasia maligna no Brasil. Essa posição reforça o nosso comprometimento em conhecer os dados da nossa produção e utilizá-los para aprimorar ainda mais a assistência prestada aos nossos pacientes, realizar planejamento em saúde, avaliar nossa qualidade na atividade assistencial e contribuir como subsídio para o desenvolvimento de políticas para prevenção e controle do câncer no Rio Grande do Norte e no Brasil.